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Ao longo dos anos, oscilando entre o artista e o produtor, experimentando esses doi lugares de ação comecei a perceber a abertura de criação que ambas ações oferecem. Costumo dizer que o produtor é aquele que acompanha o artista, e cria junto a ele modos possíveis por onde e como mover, fora do estúdio, ateliê e outros espaços de ensaios. Como artista, sempre mantive uma próxima relação com a produção, como intermediário de diálogos e aproximações que a abordagem me parecia mais adequada àquela pessoa que representava aquela função. 

Ao fim, estive sempre a meio dessas duas coisas, destas duas ações. 

Ao pensar o projeto At.uM, de fato ele foi me mostrando características e personalidade que ao pensá-lo (e a execução de sua escrita deu-se em meados de Setembro de 2012), foi se modificando ao longo dos meses, ampliando sua capacidade de ação, e cada vez mais se fortalencendo como uma ideia que deveria acontecer de modo independente, autônoma e livre. 

Embora seja estreito o espaço de ação quando o orçamento do projeto, ou o modo operativo não conta com recursos financeiros usados normalmente, essa primeira insegurança teve de ser o ponto chave para a realização desta iniciativa. 

Como fazer um projeto sem dinheiro, sem lugar fixo, respeitando o projeto pelo o que ele é, pelas propostas e questionamento que traz para seu desenvolvimento sem corromper ou ser corrompido pela estrutura omnipresente de um poder que cerra estas possibildades de movimentações? 

Quais estruturas, pessoas e lugares seriam possível conversar, aproximar ao projeto e gerar com ele afetividades que possibilitem sua relação? 

Pois bem, ao poucos At.uM veio a ser um organismo com vontade de ser independente e livre, e desenha a mim as ações e meios de fazê-las. Assim, aos poucos comecei o processo de pesquisa, de busca e aproximação à temática que o projeto se baseia, e às pessoas que operam por dentro destes interesses. 



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